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A CORRUPÇÃO COMPENSA - Inspetor Adriano derrota Nhonho, Léo e Mazutti na justiça, mas decisão chega tarde

  • Foto do escritor: Ely Leal
    Ely Leal
  • 4 de abr.
  • 5 min de leitura

Vereador investigado assinou um A.N.P.C. com o Gaeco e deveria ter sido investigado em C.P.I., mas o errado compensa e hoje temos o acolhimento da atual Legislatura aos “malandros” da falcatrua

Uma jogada astuta e política, praticada de forma suja, realizada na gestão passada da Câmara Municipal, não permitiu que o Poder Legislativo de Primavera do Leste cumprisse sua função de fiscalizar e punir atos danosos ao erário municipal, inclusive no próprio corpo.

A manobra resultou em prejuízo de milhões para os cofres do município e ficou impune graças as armações da formação da quadrilha.

É fato inconteste e sem controvérsia, que o ex-vereador do MDB, Elton Baraldi, o Nhonho,em acadelamento político com o então gestor Léo “Torquemada” Bortolin montou empresa em nome de laranja com o intuito de auferir milhões do erário em total desacordo com a Lei. Flagrado nas evidências, por investigação do GAECO, de que usava no nome do aparentado Gabriel Romagnoli Fracarolli.

Apanhado em flagrante na corrupção, Nhonho foi obrigado a pagar mais de R$ 150 mil por seus crimes e a assinar um papel para não voltar a ter contratos com a Prefeitura nem a praticar novos atos de corrupção. É o A.N.P.C. (Acordo de Não Persecussão Cível), o mesmo assinado pelo deputado André Janonês quando comprovado "as rachadinhas" em seu gabinete.

Este acordo, por razão de existir, só é assinado quando o investigado confessa os crimes. Esse acordo é feito no curso da investigação com indícios claros do fato. então o investigado confessa que realmente fez o ilícito, a investigação para e ele paga uma multa, promete nunca mais cometer os atos e a sair daquela ilegalidade. É diferente da Transação Penal, que é feito no início do processo judicial após as investigações.

Essa parte da história é conhecida e foi amplamente divulgado na época dos fatos.

O que não foi relatado é que; Se havia de um lado, um vereador auferindo milhões com empresa em nome de laranja, de outro, havia o poder contratante (no caso o ex-gestor Leonardo “Torquemada”) que estranhamento não foi investigado pelo Gaeco.

Para investigar a extensão do conluio da corrupção, o então vereador de oposição Inspetor Adriano Carvalho (Pode) entrou com um pedido na Mesa Diretora de então, cujo Presidente era Manoel Mazutti (MDB), para que fosse aberta uma C.P.I. para avaliar todos os ramos de envolvimento da relação promíscua contra o erário.


O QUE DIZ A LEI

É pacificado pelo STF que C.P.I. é um direito da minoria. Que apenas cumprido os ritos para sua instalação, ela efetivamente deve ser instalada. A quantidade mínima de assinaturas, o objeto a ser investigado e o tempo de funcionamento. Isto feito, foi apresentado a Mesa Diretora.

Só que o Presidente da Mesa era Manoel Mazutti. Presidente Municipal do MDB, estafeta das vontades do gestor “Torquemada” e líder político do vereador flagrado pelo GAECO, também filiado ao MDB.


A JOGADA DA MAIORIA

Assim sendo, ele usou de uma parte do regimento e de muita malandragem e safadeza política para, ao invés de instalar a C.P.I., ela fosse analisada e votada em plenário se deveria ou não ser instalada. Uma manobra que aparenta democrática serve na verdade para esconder o acadelamento.

O advogado Manoel Mazutti, na condição de vereador e presidente da câmara sabia de seus deveres, mas preferiu a falcatrua.

Levou o pedido do vereador Adriano, da oposição, para ser votada em plenário.


[10:15, 12/03/2025] Inspetor Adriano: Votação Nominal

Matéria: Requerimento nº 1 de 2022

Ementa: Requerimento de criação de Comissão Processante – CP, com a finalidade de Cassação de Mandato Parlamentar por Incompatibilidade de decoro Parlamentar em face do Vereador Elton Baraldi.


Votos

Enfermeira Giovana - Não

Inspetor Adriano - Sim

Inspetor Zancanaro - Não

Karla da Saúde - Não

Kinha Juriti - Não

Luis Costa - Sim

Luizinho Magalhães - Sim

Manoel Despachante - Não Votou

Nhonho - Não Votou

Renato do Sindicato Rural - Sim

Tayllan Zanatta - Não

Temazin Pedreiro - Não

Vado - Não

Wanessa Mello - Não

Resultado da Votação: Rejeitada


Evidente que seria reprovada.

Na época, apenas dois vereadores militavam na oposição, enquanto 11 vereadores eram servidores cegos, sem iniciativa própria e servidores da vontade do gestor de plantão e 1 independente e 1 era o Presidente, nem precisava votar.

Por certo que ao ser votado, o pedido de C.P.I. de Adriano foi enterrado pelos comparsas do vereador Nhonho na Câmara.  O direito da minoria, jogado para votação plenária de um poder momentaneamente acadelado e genefluxo para o gestor, foi rejeitado.


DERROTADO BUSCA O JUDICIÁRIO

Inspetor Adriano buscou guarida para o cumprimento da Lei no Judiciário da Comarca, onde o gestor “Torquemada”, gozava de “grande influência” e o Inspetor Adriano foi novamente derrotado. Inconformado subiu o tom e foi buscar a 2º instância.

Com a lentidão própria do poder judiciário, ágil apenas para perseguir os opositores da “Torquemada”, passou o tempo e o mandato. A impunidade venceu e terminou o tempo próprio para punição dos envolvidos no conluio corrupto pagar por suas ilegalidades.

Agora com a “Torquemada” não sendo mais gestor, Mazutti e Nhonho não concorrendo mais ao cargo de vereadores e uma parte do grupo no poder novamente pelas mãos do atual legislativo ainda dominado pela “Toquemada”, todos estavam alegres e satisfeitos com a corrupção praticada e as algibeiras transbordando.

Mas finalmente a Justiça em 2º grau se manifestou.


A DECISÃO DA JUSTIÇA EM 2º GRAU

O Tribunal determinou que a Câmara cumpra a Lei e instale sim uma C.P.I. para investigar a corrupção endêmica. Mas já era tarde. O denunciante que nunca praticou a corrupção estava caçado e afastado da Câmara e os envolvidos, em 2025, trocaram de cargos ou se afastaram.

E a conclusão final de que em Primavera do Leste, os crimes do colarinho branco compensam e muito.

Elton Baraldi, o homem por trás de suas laranjas e com milhões no bolso, continua a ser um influente articulador no novo cenário Político e vive a pregar uma prosperidade nababesca nas redes sociais auferidas com suas ilicitudes.

O gestor/mentor intelectual de tudo, Léo “Torquemada” Bortolin está refestelado na cadeira de Presidente da A.M.M. de onde vive de banquetes e ações junto a políticos influentes do estado, no aguardo da chance remota de voltar a ocupar um cargo eletivo na Assembleia.

Manoel Mazutti, cansado de um vida politica exercida de 4, não concorreu, mas a sede do dinheiro público o tornou servidor numa casa que Presidiu. Trabalho de serviçal na Câmara como Coordenador Legislativo.

Gabriel Romagnoli Fracarolli, a laranja que se permitia ser usado pelo vereador Nhonho, seu aparentado, está devidamente nomeado como assessor parlamentar no Poder Legislativo.

Todos usam de desculpas esfarrapadas e surradas para aplacar a ira da consciência por seus atos infames, mas a verdade é que juntos, são a prova cabal de que em Primavera do Leste, ser corrupto, compensa e muito.





Ely Leal - Redação


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