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Ely Leal

Câmara aprova feriados, mas setor comercial está descontente

Setor comercial se apoia na Lei Municipal de Liberdade Economica para justificar que era desnecessário tornar as datas em feriados, ampliando custos e reduzindo ganhos dos trabalhadores

Muitos empresários e empreendedores do setor comercial e prestação de serviços, foram pegos de surpresa com a rápida aprovação por unanimidade na Câmara Municipal do projeto de lei nº 1.420/2023, que criou dois feriados no calendário oficial do município. O dia de Corpus Christi, no dia 08 de junho e a terça-feira dos carnavais.

As datas já eram “ponto facultativo”, o que permitia aos empresários do setor comercial, abrir suas portas sem ter que pagar hora-extra com 100% de acréscimo sobre hora-trabalhada dos funcionários.

Como agora as datas são “feriados”, os empresários podem abrir suas portas, mas pagando a hora dobrada para os funcionários.

Ubiratan Ferreira, ex-presidente da Aciple por vários mandatos e expoente empresarial na cidade, afirmou que a decisão da Câmara, não prejudica só os comerciantes, que perdem faturamento. “Hoje, a maioria dos comerciários tem um salário fixo que não sustenta, e por isso a maior parte dos ganhos dos trabalhadores provém das comissões de venda. Se a loja não abre, os trabalhadores do setor não fazem vendas e não recebem comissões, prejudicando assim os próprios trabalhadores.”, analisa ele.

O “ponto facultativo”, como era feito historicamente, beneficiava os funcionários públicos, funcionários de bancos e outros que não trabalham com metas de vendas e comissões. Com a criação dos feriados, todos terão folga. Inclusive de ganhar um dinheiro a mais.

Muitos vereadores alegaram que a Lei, que deveria ter sido votada na véspera do Carnaval, foi adiado mas os comerciantes não abriram as portas. Para Ubiratan Ferreira, a decisão de abrir as portas ou não depende de várias condicionantes, mas a colocação do feriado, impõem uma situação que deixa margem para decisões, exceto se for optado pela ampliação de custos dobrado, com receita incerta por causa do "ponto facultativo".

A Lei da Liberdade Economica, promulgado pelo Prefeito Leonardo Bortolin (MDB) não obriga ao fechamento de nenhuma empresa, mas a abertura do estabelecimento deverá ser dentro da legislação trabalhista.

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