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Mulher do ex-presidente do Peru, condenada por corrupção, chega ao Brasil

  • Foto do escritor: Ely Leal
    Ely Leal
  • 17 de abr.
  • 3 min de leitura

Aliada na corrupção do marido, ladra peruana é protegida do governo mais corrupto da história da humanidade e que governa o Brasil

Depois de receber asilo político no Brasil, a mulher do ex-presidente do Peru Ollanta Humala, Nadine Heredia, desembarcou do voo da Força Aérea Brasileira (FAB) na Base Aérea de Brasília. Segundo confirmado por uma fonte do Itamaraty, ela chegou acompanhada do filho menor do casal, Samin Mallko Ollanta Humala Heredia, às 11h40 desta quarta-feira, 16.

Nadine Heredia foi condenada a 15 anos de prisão por corrupção em um caso de propina da Odebrecht pela Justiça do Peru. Horas depois da sentença, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva concedeu asilo à ex-primeira-dama. 

Com a decisão do governo petista, o Ministério das Relações Exteriores determinou à FAB a execução da operação de “resgate” de Nadine Heredia. A determinação foi encaminhada à corporação, que decolou rumo ao país sul-americano ainda na noite de terça-feira 16.

Oeste procurou a FAB para comentar a operação. Até a publicação, não obteve retorno. O espaço está aberto para futuras manifestações. 

Às 15h20, o Itamaraty emitiu uma nota oficial sobre a concessão de asilo diplomático à Nadine Heredia e seu filho. O órgão ressaltou que o benefício segue os os termos da Convenção de Asilo Diplomático, assinada em Caracas, em 28 de março de 1954, da qual ambos os países são parte.

“Nos termos do Artigo XII da mencionada Convenção, o governo do Peru outorgou as garantias e o salvo conduto correspondente, permitindo que a Senhora Alarcón e o seu filho pudessem deixar o território peruano, com destino ao território brasileiro”, informou o Itamaraty. “A Senhora Alarcón e o seu filho passarão, agora, pelos procedimentos necessários para sua regularização migratória no Brasil.”


Convenção entre Peru e Brasil valida asilo

O Ministério das Relações Exteriores do Peru afirmou, em nota, que o Brasil agiu de acordo com a Convenção sobre Asilo Diplomático de 1954, da qual ambos os países são signatários. A medida de asilo diplomático também contempla o filho menor do casal.

A Embaixada do Brasil no Peru declarou: “A Embaixada da República Federativa do Brasil no Peru comunicou que, em aplicação da Convenção sobre Asilo Diplomático de 1954, da qual ambos os Estados são parte, decidiu conceder asilo diplomático à senhora Nadine Heredia Alarcón e a seu filho menor, Samin Mallko Ollanta Humala Heredia”.


Ex-primeira-dama deve morar em São Paulo

A defesa de Nadine Heredia informou que ela deve realizar procedimentos diplomáticos em Brasília, mas a família expressou o desejo de que ela resida em São Paulo.

Ollanta Humala, presidente de 2011 a 2016, foi preso depois da sentença, enquanto Nadine buscou proteção na embaixada. A defesa de Humala considera que o caso tem “paralelos indiscutíveis” com a Operação Lava Jato no Brasil, alegando métodos ilegais similares.

O caso de Heredia e Humala está relacionado ao escândalo de corrupção que envolve a Odebrecht e o governo do ex-ditador da Venezuela Hugo Chávez. O casal foi condenado por receber somas significativas para suas campanhas presidenciais de 2006 e 2011.

Além do casal, Ilán Heredia, irmão de Nadine, também foi condenado a 12 anos de prisão no mesmo processo. A defesa de Humala anunciou que vai recorrer da decisão, que considera “excessiva”, argumentando a falta de provas sobre a origem ilícita dos recursos.

O Ministério das Relações Exteriores do Peru informou que Nadine entrou na Embaixada do Brasil pela manhã, antes de a sentença ser anunciada. A Chancelaria do Peru ressaltou que o pedido de asilo foi feito em conformidade com a Convenção sobre Asilo Diplomático de 1954.


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