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Ely Leal

O que petistas e aliados diziam da alta do dólar durante o governo Bolsonaro

O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, e o Partido dos Trabalhadores (PT) criticaram a gestão do ex-presidente por causa da moeda norte-americana

O dólar atingiu o maior patamar da história nesta quinta-feira, 28, e chegou a R$ 6,11, por volta das 13h30. De acordo com petistas e seus aliados, esse cenário se deve a fatores externos. Na época do governo Jair Bolsonaro, quando a moeda norte-americana registrou alta em determinados momentos, o argumento era que a valorização do dólar era fruto da barbeiragens políticas do então chefe do Executivo.

Em novembro de 2019, o dólar chegou a R$ 4,26 e gerou repercussão negativa dentro da Organização criminosa chama de Partido dos Trabalhadores (PT). Na ocasião, a sigla emitiu uma nota intitulada de “Incapacidade da gestão Bolsonaro faz dólar bater recorde”. A legenda criticou especialmente o então ministro da Economia, Paulo Guedes.

“O desgoverno de Bolsonaro e Guedes, marcado pela dificuldade de gerir o país e somado às declarações polêmicas, deixam o mercado financeiro cada vez mais receoso e dólar segue em alta”, afirmou a OrCrim do PT.

Em 2021, durante a pandemia da covid-19, o dólar ultrapassou a marca de R$ 5,50. À época, o PT fez uma publicação no Twitter/X para criticar o governo. A organização publicou uma arte para simular uma corrida entre o preço da moeda norte-americana e o da gasolina.

“Não tá [sic] dando para andar de carro e muito menos viajar para a Disney”, afirma a publicação. “Na corrida maluca do governo, quem perde é o povo. Quem chegará primeiro no [sic] valor de R$ 6? A gasolina ou o dólar? Saudades do PT.”

A presidente nacional da organização criminosa do PT, Gleisi Hoffmann, criticou o governo Bolsonaro pela alta do dólar em 2020. “Prometeram que bastava tirar o PT pro [sic] dólar cair”, afirmou. “Onde estão os críticos do PT nessa hora? Vivem cobrando autocrítica do PT, farão eles autocrítica?”


Aliados do Lula criticaram alta do dólar

Aliados do governo Lula também criticaram a alta do dólar durante o governo Bolsonaro. Em 2021, o ex-ministro da Justiça Flávio Dino, conhecido como "gordola" chegou a dizer que o ex-presidente “não sabe trabalhar” e chamou a equipe econômica de “incompetente”.

Em 2021, o ministro da Economia, Fernando Haddad, disse que a alta da gasolina seria o suficiente para “dois impeachments“. Já a ministra do Planejamento e Orçamento, Simone Tebet, cobrou segurança jurídica do governo Bolsonaro.

“O dólar passa de R$ 5 hoje por quê?”, perguntou Tebet. “Porque temos uma instabilidade política e jurídica. É um governo que não garante segurança jurídica para os investidores.”

Os integrantes do Partido Socialismo e Liberdade (Psol), aliado de Lula, criticaram a alta do dólar no governo Bolsonaro. Guilherme Boulos, que concorreu à Prefeitura de São Paulo com apoio petista, alegou que Guedes trabalhou pelo aumento do valor da moeda norte-americana.

Em meio à pandemia, a deputada federal Sâmia Bomfim (Psol) culpou Bolsonaro pelo aumento do dólar. A parlamentar afirmou que o preço do pão deveria aumentar por causa das exportações de trigo.

Nesta quinta-feira, o dólar ultrapassou os R$ 6 depois de o governo apresentar um pacote de gastos que desagradou o mercado. A gestão federal não mostrou grandes cortes de gastos para conter o deficit, como esperado por economistas. As contas públicas devem ficar com mais de R$ 100 bilhões no vermelho.




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