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Ely Leal

Políticos. Uma mão lava a outra e atual dá aumento para a próxima legislatura

Em sessão extraordinária, vereadores atuais concedem aumento para os eleitos que tomam posse

Votos contrários de Enfer. Geovana, Wanessa e Kinha Juriti, a Câmara aprovou o aumento

Os motivos são os mais variados. Justiça, conchavos, vendas de cargos de apoiadores. Enfim, tantas coisas que é praticamente impossível descobrir as verdadeiras razões de cada voto. Mas na casa dos Smurfs (onde tudo é azulzinho), os atuais vereadores concederam aumento de subsídios aos próximos vereadores eleitos que assumem dia 1º de janeiro e em seguida já entram em férias (tem melhor emprego no mundo?).

Na votação do Projeto 1.521, 10 dos vereadores aprovaram, 3 reprovaram e 2 estavam ausentes, foi concedido aumento, para que cada parlamentar (entre 2025 e 2028) possa receber um subsídio (conhecido como salário) de R$ 12.498,27 mensalmente para ter duas férias anuais (janeiro e Julho), trabalhar meio perído (das 7h as 13h) e ter um assessor direto (pago pela população) e fazer uma sessão ordinária por semana ou 4 por mês.

Além disso existe a tal "emenda impositiva", para que os vereadores possam fazer politica eleitoral com quase R$ 300 mil, para cada um indicar para onde quiser.

O problema é que a renda dos vereadores não é só o subsídio, mas junto com ele, a Verba Indenizatória (V.I.), as diárias para Brasilia, as mordomias de um assessor, carros, e toda a estrutura da Câmara a disposição (de assistência Juridica a assistência parlamentar).

Ao juntar todos os pinduricalhos, cada vereador custa anualmente para o bolso da população, mais de R$ 500 mil. E o que cada vereador faz para cobrar mais de R$ 500 mil por ano dos primaverenses?

Esta é uma resposta que a próxima legislatura vai dar.

A questão não é o custo, mas sim o custo-benefício.

Ao se julgar pela legislação que se encerra, o custo é extremamente alto para a sociedade. Uma Câmara Câmara inútil e o trabalho dos 15 vereadores que encerram o atual mandato poderia ter sido substituído por um carimbo que não faria a menor diferença para a população. E o carimbo custa bem menos.

Por isso dos 11 que pediram para voltar a tão generoso e gordo emprego, o eleitor chutou 8 para fora.

Se a progressão matemática estiver certa, em 2020 voltaram 4, em 2024 voltaram 3, então é aposta certa é que em 2028, voltem apenas 2.

Se depender do ex-prefeito em exercício, Léo "Torquemada" Bortolin, não volta nenhum, pois sua idéia é usar a base que elegeu para praticar sua maior qualidade. A mais suja e baixa politicagem.

O alento é que os vereadores que estão de saída também tiveram tudo isso nas mãos e mesmo assim foram convidados a se retirar do cenário politico.

Dinheiro para promover as maiores farras da história do poder legislativo não vai faltar para a próxima legislatura. Serão pouco menos de R$ 20 milhões por ano. Por isso que a briga pela Presidência é tão acirrada. Administrar essa bolada, dá ao ocupante da função poderes sobre os outros.

Os 3 vereadores reeleitos (Vado - Karla da Saúde e Sérgio Crocodilo),que por ética deveriam se abster de votar numa votação onde serão beneficiados diretamente, não tiveram dúvidas. Aprovaram!

Para os três reeleitos, a tese de legislar em causa própria pode ser discutida mas é dificil, pois se trata de legislaturas diferentes e que em tese não se comunicam. Mas apenas em tese. Portanto, pode ser legal, mas é moralmente condenável.

Qual a relação custo-benefício da próxima legislatura? Só o tempo dirá, mas terão que trabalhar e muito para fazer valer a pena tanto dinheiro.





Ely Leal - Redação




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